quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Barganha ou recompensa, espiritualidade da graça no livro de Rute.

 O Senhor lhe retribua o que você tem feito! Rute 2:12



A história do livro de Rute, a moabita, com apenas 4 capítulos no Antigo Testamento e após centenas de histórias trágicas da fromação do Povo de Israel é um alento, mas uma certeza que o Deus de Israel é um Deus Gracioso. A história de uma mulher estrangeira inserida no povo de Israel por uma decisão de amor e que encontra o favor de Deus em sua aflição, de modo convergente e casual, é recheado de um dinamismo de amor gratuito. A leitura atenta do livro é rica de arte, poesia, beleza humana e uma fé carregada de empatia. 

O livro apresenta uma teologia com passos muito significativos e relevantes para a realidade com a qual nos deparamos na pós-modernidade, cheia de desafios urgentes. Trata, com maestria, da relação sempre desafiadora entre espiritualidade - livre de amarras religiosas - e empatia como fundamento de uma ética humana, e da possibilidade de se experimentar Deus por intermédio dos caminhos entre espiritualidade, mística e bondade. É da educação para a paz inspirada em um dinamismo da graça e da dimensão espiritual.


Para a tradição cristã bíblica a salvação não vem pelas obras, mas pela graça. Logo entende-se por aí que, o mais necessário é viver a prática da espiritualidade da gratuidade em todas as áreas da vida, incluindo sobretudo nas coisas mais simples da vida. O Eterno é Graça. Uma das dicas é fazer o seu melhor e não apenas o possível. Isso é autorresponsabilidade, autoconhecimento e uma fonte geradora de satisfação pessoal e social. 


O amor a Deus e ao próximo só são eficazes se forem desinteressados!


Professor Mário Vinícius 


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