Para ganhar conhecimento, adicione coisas todos os dias. Para ganhar sabedoria, elimine coisas todos os dias. Lao-Tsé
sábado, 9 de novembro de 2024
UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE A IDENTIFICAÇÃO DA SURDEZ COMO UM CAMINHO DE JUSTIÇA E INCLUSÃO
quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Análise semiótica da canção História de uma gata de Chico Buarque
A canção História de uma gata faz parte do musical Os Saltimbancos, com letras de Sergio Bardotti e música de Luís Enríquez Bacalov, com versão em português de Chico Buarque, estreada aqui no Brasil em 1977, em meio a um violento regime de ditadura militar. Tendo em vista, o contexto político e sociocultural brasileiro, o cântico é a tentativa de uma discussão necessária e urgente de temas filosóficos, políticos e culturais.
A letra apresenta uma crítica profunda da natureza humana, porém com bastante leveza - e até mesmo por causa da proibição da liberdade artística, em vista da resistência e da libertação de um poder opressor em todas as instituições sociais em um país com um ideologia que tentava justificar as censuras, injustiças e violências, como também, com um força motriz de conscientização coletiva na aspiração de produzir a autodescoberta da liberdade individual através da reflexão que rompe com o “conforto” do autoritarismo e frutifica a autoconstrução da identidade com a dinâmica da tentativa da autorrealização.
Logo de início, é evidente perceber presente na letra o conceito filosófico existencialista – uma corrente europeia do final sec. XIX que ganha notoriedade no sec. XX, onde visa analisar o ser humano a partir de suas experiências subjetivas na busca de concretizar a sua autonomia pessoal, alinhada a abordagem com os problemas de uma sociedade em transformação. A metáfora de cunho existencialista, mostra a liberdade como uma característica fundamental da existência humana - , mas também como uma fonte de angústia, pois implica em responsabilidade pelas nossas escolhas.
No século XX, em especial, quando a tentativa de se discutir os grandes temas políticos com a arte voltada para a resistência às grandes ideias fascistas e nazistas, o resultado tinha que ser obras com figuras de linguagens que preconizassem a luta, mas de forma inteligente. Os Saltimbancos é a prova disso. Chico Buarque conseguiu, tanto no disco que adaptou de Sergio Bardotti, quanto na peça que veio a partir disso, atingir o ponto certo para que a linguagem lúdica e sensível, fundamental ao diálogo, pudesse ser usada para introduzir questões profundas. Em todas as partes que intermeiam, é possível encontrar essas ideias, que em muitos momentos ecoam a tradição marxista, dando à história um subtexto anticapitalista e revolucionário, ainda que o próprio Chico hoje não siga todas as suas lições.
A seguir com a minha análise, destaco alguns elementos multisemióticos importantes para compreensão da canção:
Linguagem Verbal:
Metáforas: "filé-mignon", "detefon" e "almofada";
Rimas: trato – gato; lua – rua;
Música:
Contexto Histórico e Social:
Ditadura Militar: A canção foi composta durante a ditadura militar no Brasil, e a história da gata pode ser vista como uma alegoria à busca por liberdade em um contexto opressor.
Censura: A canção, embora aparentemente infantil, carrega uma mensagem subversiva que poderia ser facilmente interpretada como uma crítica ao regime.
Deixo duas canções, também dos Saltibancos que são abundantes em análise multisemiótica.
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https://www.esquerdadiario.com.br/Os-Saltimbancos-e-como-falar-da-revolucao-para-criancas
https://www.chicobuarque.com.br/obra/cancao/173
sábado, 17 de fevereiro de 2024
A Grandeza do Ser Humano na perspectiva da Espiritualidade Cristã
As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras. Nietzsche
Nenhuma pessoa é "eleita" pelo Criador Divino pelo simples fato de, ter provado o sofrimento, depois, alcançado a sua libertação, como se isso fizesse dela alguém com privilégios. Pelo contrário, a pessoa vitoriosa deve consisederar-se disponíel para o serviço a humanidade, a começar pelo seu próximo. Também não é a nossa situação de "pecadores" e "depravados" por natureza, mas criaturas do Deus-Amor. Desde sempre somos procurados pelo Eterno como condição de filhos - Seu Amor é para todos. É Universal!
A nossa existência é confirmada na Gratuidade da vida oferecida e redimida por Deus em Jesus. Não é a libertação do "pecado" que confirmará a Missão Salvadora-amorosa, mas as Obras da Criação que se insinuam em nosso ítntimo e confirma de modo especial o quanto somos partícipes da filiação divina.
A espiritualidade jesuína ecoa uma nova pedagogia e uma crença alicerçada na subjetividade e na pontualidade do mistério com o revelado. É a união do Céu e da Terra. Tal grandioso princípio é firmado na humanidade do Mestre Jesus- modelo e inspiração. Eis o Homem! Filho de Deus! Irmão Universal!
Na sua beleza e grandeza humanas encontramos a nossa pertença a transcedência do nosso ser limitante. É a certeza da descoberta que no Logos Divino somos pessoas com habilidades imanentes a serem definidas pela busca incansável do autoconhecimento e da empatia.
Somos potencialmente enormes em corpos limitantes!
Professor Mário Vinícius
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024
Barganha ou recompensa, espiritualidade da graça no livro de Rute.
O Senhor lhe retribua o que você tem feito! Rute 2:12
A história do livro de Rute, a moabita, com apenas 4 capítulos no Antigo Testamento e após centenas de histórias trágicas da fromação do Povo de Israel é um alento, mas uma certeza que o Deus de Israel é um Deus Gracioso. A história de uma mulher estrangeira inserida no povo de Israel por uma decisão de amor e que encontra o favor de Deus em sua aflição, de modo convergente e casual, é recheado de um dinamismo de amor gratuito. A leitura atenta do livro é rica de arte, poesia, beleza humana e uma fé carregada de empatia.
O livro apresenta uma teologia com passos muito significativos e relevantes para a realidade com a qual nos deparamos na pós-modernidade, cheia de desafios urgentes. Trata, com maestria, da relação sempre desafiadora entre espiritualidade - livre de amarras religiosas - e empatia como fundamento de uma ética humana, e da possibilidade de se experimentar Deus por intermédio dos caminhos entre espiritualidade, mística e bondade. É da educação para a paz inspirada em um dinamismo da graça e da dimensão espiritual.
Para a tradição cristã bíblica a salvação não vem pelas obras, mas pela graça. Logo entende-se por aí que, o mais necessário é viver a prática da espiritualidade da gratuidade em todas as áreas da vida, incluindo sobretudo nas coisas mais simples da vida. O Eterno é Graça. Uma das dicas é fazer o seu melhor e não apenas o possível. Isso é autorresponsabilidade, autoconhecimento e uma fonte geradora de satisfação pessoal e social.
O amor a Deus e ao próximo só são eficazes se forem desinteressados!
Professor Mário Vinícius
sábado, 10 de fevereiro de 2024
A De-cadência Humana
"O ser humano tem a tendência de de-cair no mundo em que é e está, e de interpretar a si mesmo pela luz que dele emana." Heidegger, Ser e tempo.
Não sou e nem quero ser o que você quer que eu me torne. Sou livre de protocolos sociais hipócritas! Mudo quantas vezes for necessário. Ascendendo! A todos peço desculpas pelos possíveis aborrecimentos. Procuro sempre - sem muito êxito às vezes - a reforma interior! Pois, quando sou fraco, é que sou forte. 2Cor 12:10
Ah...! O Tempo!
Um conto do livro Sonhos de Einstein , obra de ficção de Alan Lightman que explora poeticamente diferentes perspectivas sobre o tempo. 3 ...
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A gramática é um registro, geralmente metódico e dinâmico, do funcionamento de uma determinada língua que segundo Evanildo Bech...